quarta-feira, fevereiro 28, 2007

A dinâmica de grupo e as mentes perturbadas

Monty Python e a piada assassina: eles, pelo menos, morrem após a piada...



Clima normal, rotina normal, trabalhadores no piloto automático, nenhuma novidade no horizonte...

Como as reuniões semanais orquestradas (desnecessariamente) por nossos amados superiores, geralmente são longas demais para duas horas de embromação e falta de assunto, tem sempre algum espertinho (querendo ganhar a simpatia do chefe), pronto pra sugerir uma idéia cretina para encher linguiça no tempo que sobra.

Poderíamos usar este tempo trabalhando, mas se eu sugerisse algo tão óbvio, provavelmente iriam rir na minha cara.

Geralmente o que ganha os corações e mentes - daqueles que PODEM, claro - é a detestável DINÂMICA DE GRUPO.

A palhaçada sempre varia um pouco, mas a última foi assim:

Cadeiras em círculos.

Um funcionário distribuiu papeizinhos a todos, pedindo que só fossem abertos ao seu sinal. Abri o meu antes, lógico - e na mesma hora pensei: só pode ser uma piada de mau-gosto.

E dito e feito: cada um ganhara uma PIADA e deveria levantar-se e contá-la para todos. A palavra exata foi "interpretá-la", mas não creio que alguém fosse descer tão baixo e passar tamanho constrangimento. Pensei em mencionar que não poderia participar daquele momento por ordem de meu médico, que me proibiu de passar ridículo, mas creio que não seria levado muito a sério. Senti dó do primeiro infeliz que seria escolhido...

Eu.

Imagino que hajam poucas coisas mais ridículas do que contar piadas em circunstâncias como estas - de manhã cedinho, em plena sete horas da matina, NO TRABALHO, para um grupo de pessoas sonolentas, com cara de poucos amigos e que nem a primeira xícara de café beberam ainda. Pra piorar, a piada era tão sem graça que, quando terminei, ainda virei o papel na esperança de que ainda houvesse texto do outro lado pra ler.

E não havia. Ha, ha e ha.

Bem, a dinâmica seguiu em frente recheada de momentos constrangedores como este, piadas péssimas, risadas forçadas, tremedeiras e nervosismos. Era evidente o constrangimento geral para com todo aquele teatrinho ridículo inútil.

Quem sabe seja um pouco de má vontade minha? Talvez, na próxima dinâmica eu tenha algum momento de revelação e descubra o que esse tipo de perda de tempo ajuda em meu crescimento pessoal. Até já escolheram o que será: um teatrinho.

Socorro.
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